Por Germano Xavier
Ó, Deus dos céus! Como se só fossem flores os cordões deste teu mundo imenso mundo! Por que não tenho a felicidade dos outros, tão fácil? Hoje uma colega me ligou. Quis avisar-me de tua chegada à cidade de Petrolina e também propor a mim uma ida ao cinema. A tua voz me chegava aos ouvidos um tanto dissonante. Estava um pouco gripada, mas aquela voz tinha felicidade. Eu mais escutei, aliás, como sempre faço. O teu jeito inconfundível de se ater aos acontecimentos não deixava dúvida de sua real presença feminina. Fora uma conversa bastante rápida, como tende os futuros diálogos dessa reles humanidade. A rua deserta era meu único e fatídico horizonte. Qual a razão para tanta pressa? Por que se tornou tão caro uma boa conversa, nos bancos das praças ou mesmo ao telefone? Não que essa não tenha sido uma boa conversa, ao contrário, pois sempre que alguém lembra de minha pessoa, utilizando-se de qualquer artifício, sinto palpitar uma pequenina e serelepe fagulha de felicidade em meu peito. É como se as paredes do meu quarto se enchessem de pétalas das mais variadas cores. Todavia, sinto flamejar uma generalizada diminuição dos afetos humanos. E só em pensar nisso, acabo por me enveredar ainda mais em minha inseparável tristeza. O problema tomou proporções colossais e eu não sei se há uma poção mágica para erradicar todo esse mal, que sem dúvida alguma arrasará o que existe, ou com o que restou, de amor no mundo. Os jornais falam de política, de corrupção... as imagens retratando o retorno da última nave espacial a visitar o universo... e a nossa faculdade de amar o próximo, onde fica nos enfoques da vida? Desculpe pelas minhas reflexões meio que inoportunas, mas eu tinha de escrever.
Ó, Deus dos céus! Como se só fossem flores os cordões deste teu mundo imenso mundo! Por que não tenho a felicidade dos outros, tão fácil? Hoje uma colega me ligou. Quis avisar-me de tua chegada à cidade de Petrolina e também propor a mim uma ida ao cinema. A tua voz me chegava aos ouvidos um tanto dissonante. Estava um pouco gripada, mas aquela voz tinha felicidade. Eu mais escutei, aliás, como sempre faço. O teu jeito inconfundível de se ater aos acontecimentos não deixava dúvida de sua real presença feminina. Fora uma conversa bastante rápida, como tende os futuros diálogos dessa reles humanidade. A rua deserta era meu único e fatídico horizonte. Qual a razão para tanta pressa? Por que se tornou tão caro uma boa conversa, nos bancos das praças ou mesmo ao telefone? Não que essa não tenha sido uma boa conversa, ao contrário, pois sempre que alguém lembra de minha pessoa, utilizando-se de qualquer artifício, sinto palpitar uma pequenina e serelepe fagulha de felicidade em meu peito. É como se as paredes do meu quarto se enchessem de pétalas das mais variadas cores. Todavia, sinto flamejar uma generalizada diminuição dos afetos humanos. E só em pensar nisso, acabo por me enveredar ainda mais em minha inseparável tristeza. O problema tomou proporções colossais e eu não sei se há uma poção mágica para erradicar todo esse mal, que sem dúvida alguma arrasará o que existe, ou com o que restou, de amor no mundo. Os jornais falam de política, de corrupção... as imagens retratando o retorno da última nave espacial a visitar o universo... e a nossa faculdade de amar o próximo, onde fica nos enfoques da vida? Desculpe pelas minhas reflexões meio que inoportunas, mas eu tinha de escrever.
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