sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Morrer-se


Por Germano Xavier

morre-se de apuros
morre-se de distância
morre-se de sonho
e de sul
morre-se de Beatles
morre-se de mar
morre-se de não-com
morre-se
de estocar vida
morre-se de compressão
morre-se de depressão
de queda e de pena
morre-se de nordeste
de psicologias
morre-se de sim
e morre-se de não

6 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"Intimate
by *DominikKucera"
Deviantart

Ricardo R. disse...

morre-se de não viver, não é?

achei ótimo!

Rebeca dos Anjos disse...

E a cada morte, um nascimento!

Muito bom, Gé!!

Beijo.

Cris Campos disse...

Toda semente primeiro morre, depois disso é que ela vive. E viver é morrer um pouco todo dia... Gr. Bjoo!

Daniela Delias disse...

Morre-se de Beatles. De Sul, Nordeste e mar. Há tanta poesia nesse morrer-se que dá vontade de entrar no poema, morar e morrer nele.

Bjo

Anônimo disse...

Renasci...
Beijo meu,