domingo, 1 de julho de 2012

Alimária



Por Germano Xavier

Às mansas, a alimária que somos-sou
perde voz doce ou se esconde no vergel-primeiro.
Riam no Novo Ano, riam! – gritam os bobos.
Encômios de homem em comissão de lâmpadas,
desde quando mágicas?,
nem assim aberto está o clarão.

Quem curia a própria curiosidade é solerte
de espírito, pois enxerga nos seus gabos
a máquina fremente do fazer rir-vazio.
É simpleza de quem sabe e só
quem granjeia suas roças aos que nasceram para o amor
pode com esta escorribanda diabólica para quem-não.

Nestes fragmentos vagos de tua prédica mística –
oh, Homem! – nesta tua pátina renascentista
de se embarrocar ordinariamente e não-ser nem conseguir,
ainda viceja, mesmo que lentamente,
o visgo de teu imortal nascedouro: o caos.

7 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"36- nine years and counting
by *BridgetCross"
Deviantart

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
D.J. Dicks disse...

Felicidades... meu caro

Anônimo disse...

Belo fato poético ...


Feliz 2011 !


Bjo.

Hugo de Oliveira disse...

Germano,

Te desejo um Feliz 2011...cheio de paz e felicidades em sua vida.


abraços

SAM disse...

Germano,


adorei, como sempre. Um 2011 maravilhoso para você e os seus. Beijos com carinho

Anônimo disse...

Eis que a tintura se desfaz com o passar das luzes pondo à mostra quão perecível é o espetáculo. Isso quando a cegueira não é crônica. Toda semelhança não é mera coincidência.

Das bandas de cá, o meu abraço