sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu do meu lado nem penso pensar em você


Por Germano Xavier

para aquela que desdenha ao longe,
porque a vidente já havia me avisado


me aborreça, vá, portentosa em que? tu és

me estremeça, vá, faça alguma coisa e me atinja com gilete e não com folha de flamboyant. quem tu pensas que és? malvadinha de nada, arrecada estas caretas na feira do paraguai e insuspeita das imposturas impostoras ações. é tudo o que tens para destilar? o veneno teu. vou dizer: este teu olhar é de coruja mesmo, espanta muito. mas a chama sempre apaga, concorde dizendo um sim com a cabeça. quase 5 anos e só fui te observar mesmo foi agora - aquela coisa de olhar rápido, "vai ser assim" (eu dizia no começo, ali tipo Big Bang). e foi? e? e aí? quem morreu? morrer é comigo mesmo, mato adoidado mulher menino lupanária representante de cosméticos para a cara baby e teiús. o sol é para todos ah Harper Lee e a lua não? eu sou mais maluco do que você imagina. dois mais dois é dez e eu provo. roubei cd do Cazuza na loja de departamento e você não me aborreceu. dois seguranças tipo armário de jacarandá me puxaram pelo braço quando eu já estava perto da praça de alimentação em preparatórios de riso frente aos idiotas da lojinha. eu fui ver o que eles queriam e não chorei quando me encostaram contra o muro. "qual o teu nome, vagabundo?" eu falei meu nome é vagamundo e o teu? tão pequena você. sempre foi. mulherzinha mambembe. metida a jornalistinha de merda. papai leva e traz todo dia e você não sabe quem é a Alice. eu vou pedir que você troque de situação e vá se meter com gente de sua laia, porque fingir que ama não é para os sabem assobiar. coma teu pastel e engula sua desgraçada vidinha de ir com as outras, com os outros. rume para o inferno e esqueça que eu existi.

mas antes me condene, vá, cuide de ti.

me apequene, vá, vê se consegue ao menos isso! diz baixinho para as garotas tuas amiguinhas que eu sou um infortúnio e que não sirvo. tudim, tudin, não sei como escrevo, vai assim mesmo tudinm. não corro mais risco por você. eu já te bani e faz é tempo. no meu minidicionário só existe a coleção das palavras que começam com tchau adeus ou bye bye. se todas as histórias são de amor a personagem que protagoniza agoniza de tanta lamúria. ninguém enjoa do amor que é demônio, mas do teu eu me rio inteiro. cago de tanto rir. se teu corpo é indelével? não, não, eu prefiro a mulher que conheci. ela sim tem gosto. você é insólita. você é portanto, contanto, sem manto. meu amigo pintor vai fazer um desenho de você e vai me pedir liberdade de expressão. já imagino o tamanho que será o castigo. naturalmente que você nem verá, mas ficará como recordação. dois e dois é dez e eu provo. sou mais maluco que você e você, quem é você? se em todas as histórias estamos no escuro portanto, Collin, que faço com esta draga?

Um comentário:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"slower by *umayumay"
Deviantart