Por Germano Xavier
O mar está para peixe, Mark Twain? E você, Melville, quê me diz? Mas agora não é mais rio, bucaneiro-mor, o Velho Chico ficou para trás. Não sei mais nada sobre Mississipis... Agora é mar, coisa para Fernando Pessoa ou Marco Pollo ou Gilgamesh. Caros amigos leitores deste Equador das Coisas, isto é um aviso, uma nota, um alerta para uma, diria, até previsível "mudança" de rota. Estou de partida. Hoje habito o porto e de onde estou posso ver ao longe o Gigante Adamastor. Gil Vicente já me avisara, certa feita, sobre as barcas do inferno e as paradisíacas. Dante me mostrou o purgatório e eu não sei onde vou fazer escala. Salvador, capital do estado da Bahia e primeira capital deste país chamado Brasil é o destino que agora me leva. Darei uma "pausa" - se é que esta palavra serve para quem tem a poesia e a literatura no sangue -, nas maiores e mais aprofundadas investidas lítero-jornalísticas para adentrar num mundo já por demais conhecido de minhas retinas: a Odontologia. Mas os sonhos continuam e não irei desistir deles. Tenho planos para terminar meu primeiro romance ainda este ano e vou sedimentar este feito, se assim me permitirem as forças da natureza. No mais, o Equador das Coisas continua, como sempre, vivo e sem limites. O barco agora ruma dividido, norte-sul, mas a linha nada imaginária que separa um do outro ainda impera sobre todos os possíveis lestrigões e outros monstros do mar. Avante, bucaneiros! Temos de continuar...
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Crédito da imagem:
"Deja vu by ~iwanttobeevil"
Deviantart
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