Por Germano Xavier
meu livro é livre,
móvel, vivo.
abro-o, altera-me.
ouço-o, escreve-me.
meu livro cá dentro mora,
paisagem sem fim.
conta ele a história
da liberdade, de seu inventor.
apesar de assim ser
meu livro livre, móvel e vivo,
é dependente de mim.
3 comentários:
Na verdade Germano... se pensar direito... acho que a vida é como você prevê nestes versos...
Nossos livros somos nós mesmos... E por isso nos acompanham do primeiro ao último suspirar... A questão no fundo acaba sendo: será que realmente compreendemos o peso disso? A responsabilidade que gera? Se a resposta é sim... Me pergunto porque rasgamos tantas páginas tão desnecessariamente? Apenas por capricho, egoísmo, incompreensão ou futilidade?
Se pensássemos melhor... talvez fôssemos mais maduros sobre o que escrevemos em nossos livros...
Bom post.
Original.
Reflexivo.
Gostei.
Abraços (Des)conexos!
Meu livro, meu livro não é meu, meu livro é dela, da vida que aflorou em mim num descuido de Deus.
Meu livro, meu livro é seu, que comigo fica, enquanto a vida vai, de etapas em etapas florindo os campos.
Meu livro, meu livro um dia me deslivre do eu.
Oi Germano! É sempre muito legal estar aqui! Os escritos são sempre muito lindos.
Beijão,
Daniela
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