Por Germano Xavier
O diabo abre a voz quando o dia nem acorda e esnoba um pensamento. Não existe paixão nesta vida, ninguém pode, ninguém deve. Não há possibilidade, não se pode tecer esperanças. Iludido é o homem que crê no amor, ainda que fraco. Sério isso? E as palavras do diabo são flores evasivas, não são flores melíferas. Nenhuma abelha, nenhum pólen. Sem saber o diabo que o mel demoliu a palavra. Acordo cedo, leio, como, bebo. Minha escrita vem depois de tudo, após sentir o clima do dia. Não redijo mediunidades ou lampejos sem céu pertencido, ainda que só tocados de leve. Acredito no tempo da palavra e em tudo que o diabo se intromete. Não, eu não quero muito. Quero o pouco que me transforma, que me transporta. Quero o céu que é meu, meu pedaço. E acredito na mão que, sem cerimônias, ama o outro... Ela tem uma amiga quase irmã que defende a teoria do encontro. Para ela, a felicidade é apenas o mudar. Mudar com calma, mas mudar. Falei que a hora é a maior dor, que o tempo é longe e tão perto do sofrer do peito. Disse ela que tudo um dia muda e a felicidade sonhada acontece. Aí pensei ser esnobe a ilusão de não crer que a vida é feita do apaixonar-se. E vi que não estava certo o velho que passa. Triste é não ir.
O diabo abre a voz quando o dia nem acorda e esnoba um pensamento. Não existe paixão nesta vida, ninguém pode, ninguém deve. Não há possibilidade, não se pode tecer esperanças. Iludido é o homem que crê no amor, ainda que fraco. Sério isso? E as palavras do diabo são flores evasivas, não são flores melíferas. Nenhuma abelha, nenhum pólen. Sem saber o diabo que o mel demoliu a palavra. Acordo cedo, leio, como, bebo. Minha escrita vem depois de tudo, após sentir o clima do dia. Não redijo mediunidades ou lampejos sem céu pertencido, ainda que só tocados de leve. Acredito no tempo da palavra e em tudo que o diabo se intromete. Não, eu não quero muito. Quero o pouco que me transforma, que me transporta. Quero o céu que é meu, meu pedaço. E acredito na mão que, sem cerimônias, ama o outro... Ela tem uma amiga quase irmã que defende a teoria do encontro. Para ela, a felicidade é apenas o mudar. Mudar com calma, mas mudar. Falei que a hora é a maior dor, que o tempo é longe e tão perto do sofrer do peito. Disse ela que tudo um dia muda e a felicidade sonhada acontece. Aí pensei ser esnobe a ilusão de não crer que a vida é feita do apaixonar-se. E vi que não estava certo o velho que passa. Triste é não ir.
5 comentários:
"Não existe paixão nesta vida, ninguém pode, ninguém deve" e é esse o caminho
Triste é não ir! A coisa mais maravilhosa que Deus fez sobre o Amor é nos deixar dotados da possibilidade de amar mais de uma vez na vida. E a segunda coisa foi deixar essa possibilidade inteiramente nas nossas mãos. Para se amar é necessário, antes de mais nada, desejar isso. Desejar amar e ser amado, soltando as amarras, o egoísmo, a vaidade...eis três coisas necessárias. Desejar e permitir-se. É inteiramente explicável a dificuldade que as pessoas tem em "ir". Cada um leva consigo sua própria resposta.
O melhor mesmo é voltar, olhar nos olhos do diabo e perguntar: Sabe a diferença entre eu e você? E prazerosamente, babando de paixão, responder, antes dele esnobar: _Eu fui, você não.
...
Triste pode ser apenas o ficar.
. Caro, G.X.,
me diga, porque "Deus", substantivo masculino, se escreve com com "D"; maiúsculo e diabo,também substantivo masculino, se escreve com iniciais minúsculas. E jeová, segundo o Aurélio, que é caracterizado como nome próprio de "Deus" se escreve com iniciais minúsculas?
."Tudo muda até bermuda". (Uma brincadeirinha pra variar)
. E sigamos; tentando não confundir textos; prosas; pooesias com autobiografia.
Abraços!
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