Por Germano Xavier
Um chocolate adulterado entra pelo esôfago e me faga
e me fada ao amargo da madrugada.
Noite sem sono, noite-reboliço na cama.
O lençol remoído de dor, as costelas contorcidas
e os pensamentos envenenados pela mágoa dos olhos trancafiados.
Eu olho a esfinge numa areia íngreme a me solicitar despejos,
punch!, punch!, join us!...
Está faltando entrevistar alguma forma de preconceito
que o livro sagrado não ensina (o manual da redação diz
o seguinte: agora é você quem vai mandar em tudo nessa porra!)
Mas você não manda em ninguém, meu gauche querido,
e não vai adiantar reclamar ao José.
Sua vida é a batida
da tropa em disparada, a cavalgada displicente,
a história do teu olho
que pouco vê, que pouco vê, que pouco vê.
Introduzir o cânone da morte despojada com facões, sabres enferrujados
e espadas de samurai feitas no interior de um não-Oriente
para o vínculo com deus,
sadio que nem a bruta fome duplicada na manhã de um senhor sem noites brancas.
Falta, corrupção, crime sem castigo, minha antologia é também a tua, amigo.
A diferença é a palavra apologética que enquadra teu banquete
no prato do remorso caricatural.
Não estou acordado para a poesia.
Meu verbo é apenas o bastante para a overdose diária dos nossos desconcertos. Tudo alcança a mão do bardo que dorme ao meu lado, invisível feito um baobá no deserto. Maestro, o verdadeiro homem define a golpes de pedra atirada o ranço do sol nascente a ejacular a fôrma do falecer no olvido.
Um chocolate adulterado entra pelo esôfago e me faga
e me fada ao amargo da madrugada.
Noite sem sono, noite-reboliço na cama.
O lençol remoído de dor, as costelas contorcidas
e os pensamentos envenenados pela mágoa dos olhos trancafiados.
Eu olho a esfinge numa areia íngreme a me solicitar despejos,
punch!, punch!, join us!...
Está faltando entrevistar alguma forma de preconceito
que o livro sagrado não ensina (o manual da redação diz
o seguinte: agora é você quem vai mandar em tudo nessa porra!)
Mas você não manda em ninguém, meu gauche querido,
e não vai adiantar reclamar ao José.
Sua vida é a batida
da tropa em disparada, a cavalgada displicente,
a história do teu olho
que pouco vê, que pouco vê, que pouco vê.
Introduzir o cânone da morte despojada com facões, sabres enferrujados
e espadas de samurai feitas no interior de um não-Oriente
para o vínculo com deus,
sadio que nem a bruta fome duplicada na manhã de um senhor sem noites brancas.
Falta, corrupção, crime sem castigo, minha antologia é também a tua, amigo.
A diferença é a palavra apologética que enquadra teu banquete
no prato do remorso caricatural.
Não estou acordado para a poesia.
Meu verbo é apenas o bastante para a overdose diária dos nossos desconcertos. Tudo alcança a mão do bardo que dorme ao meu lado, invisível feito um baobá no deserto. Maestro, o verdadeiro homem define a golpes de pedra atirada o ranço do sol nascente a ejacular a fôrma do falecer no olvido.
Um comentário:
Promitente poeta, não só alinhas palavras, justapostamente, como também alinhas ideias.
Abraços!
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