Por Germano Xavier
(medo e terror)
(medo e terror)
as duas luas de Marte
acenderão a penumbra
a luz morta
no vestíbulo de andar
(meu colega de profecias
me disse que o trem
já não passa mais sobre a grama verde da Fantasia)
não vai o homem
ser o que poderia ter sido? -
a árvore do sertão,
a última flor celestial
trombetas, Deus, amor, torres
- para onde tudo, para quando nada?
você tem mesmo certeza de que esta paz
não abre ferida de vida?
as duas luas de Marte
descerão sobre a Terra e cegarão os homens
já cegos e dar-lhes-ão outros olhos:
olhos de não ver ninguém
8 comentários:
Crédito da imagem:
"Nine Spheres to the Forestby *JoeMacGown"
Deviantart
A postagem é para refletir intensamente.
Bjs
Palavras bem diferentes que te levam a pensar muito ...
Beijos e abraços lindo.
Sinto e percebo que seu poema vai além da breve leitura, traz até um intensa reflexão...Senti-me assim imóvel diante da profundidade das palavras. Ainda que simples, trazem em si a riqueza poética! Muito Bom mesmo *___*
Abraços poeta e boa Noite.
Fico pensando se essas duas luas ja não desceram, pois os homens andam cegos, não percebem seus semelhantes, não conseguem discernir o homem do bicho e misericordia, compaixão e amor, já está sumindo do vocabulário. E o amor pela planeta onde esta?
Tem certeza que essa profecia já nao se cumpriu?
beijokas doces e um belo poema, numa mistura de crença e descrença.
Olá Germano!Penso que a humanidade caminha mesmo para a cegueira e em trevas permanecer...pois há muito ja não se olha para o lado. Um poema profundamente reflexivo. Este blog é divino, e seus pensares uma rica seiva a alimentar-nos com seus textos.
...não vai o homem
ser o que poderia ter sido? -
a árvore do sertão,
a última flor celestial...
Numa interpretação positiva, eu te trago a flor que você me deu. Para pretexto de tê-la de suas mãos de novo.
A cegueira do "ver ninguém", nos faz olhar pra dentro...as luas de Marte etão nos nossos extremos.Quiça, o duplo eclipse de junção lunar, faça-nos olhar a lua de Vênus que rejeitamos.
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