Por Germano Xavier
Para o poeta iraquarense Ângelo de Mattos Pereira,
Para o poeta iraquarense Ângelo de Mattos Pereira,
in memoriam,
a minha sincera homenagem.
quando morre um poeta
inaugura-se um novo castelo
no céu (ou no inferno)
para que o poeta morto nunca o habite
nem o meio-austral do mundo
no mundo dos homens comuns
poetas não habitam purgatórios
poetas habitam os caminhos
de se ir sempre (nus)
pelas estradas ferozes que precisam ser caminhadas
poetas são bestas endiabradas
que domam palavras iradas
na silenciosa existência do tempo
quando morre um poeta
(espécie de deidade gauche feita de impropérios)
morre também um vergel de brasas
(mas com sementes nos sulcos telúricos
deixadas para o Belo insistir)
4 comentários:
Fotografia: Germano Xavier
Ser que é
É um poeta...
Excelente!
Muito bom descobrir este espaço!!
Abs
O bom poeta não morre:
vira poesia. (como este tributo poético)
Abraços!
Olá,
O poeta extravasa o que tem no coração e se revela leitor dos sentimentos do mundo...
Abraços fraternos de paz
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