Por Germano Xavier
(ou aquele que é estrangeiro)
(ou aquele que é estrangeiro)
aquele que é estrangeiro chega
e não leva o prêmio de estar
(é uma ilusão crer no estar sem o tempo de ser)
o passageiro contempla
o que está morto em sua vontade
(há um canibalismo próprio em se passar)
morre-se olhando
mata-se fazendo caminhar as vistas
ao Longe
(tão longo e lento e veloz)
aquele que é estrangeiro
leva o feno do sol
a pouca matéria inanimada
do iludir-se em vão
o passageiro vê a dúvida de sua janela ocular
vive o incerto e vive o ser-não-sendo
na vaga certeza de estar lá
onde há o Longe
(um lugar tão longo e lento e veloz logo como o Longe)
Um comentário:
Crédito da imagem:
"Float
by *Hengki24"
Deviantart
Postar um comentário