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Por Germano Xavier
o homem que refaz um riso feminil
(contra todas as autoridades do tédio)
pode se sentir tão e tanto ou muito
destruidor de feios moldes
já que jardina a bela fera do humor
fios de se labirintar
o homem que souber retirar de dentro
da alma uma quimera ou um sutil
deboche, retirar (de dentro) dela
- de uma "ela", da mulher -
dar-nos-á, por semelhantes homens,
o mérito-combatente de qual bem maior
nada mais sem cor
nada mais improvável
nada mais inseguro
o riso feminino, doado tal patrimônio,
emprega na duração da verdade
o rascunho dos absolutos acabamentos
de vida
aliado ao pulso de revigor em que se observa
a máquina de sangue e sentimento com sóis-e-loas
e aos olhos de tal forma nova, brilhantes,
comunica - este mesmo riso -
a urgência de amar e se amar
brinde de privilégios
* Imagem retirada do site Deviantart.
Um comentário:
um brinde à beleza, ao riso!
que lindeza!
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