sexta-feira, 18 de março de 2011

A sala


Por Germano Xavier

Na sala de paredes brancas,
cujo silêncio é quebrado,
sempre, pelos vazios
da alma,

esta forma branda e pesada
que alavanca a matéria,
brota uma algazarra
de cores
que, por ora, meus olhos se nublam,
anoitecidos.

E por mais que eu me afaste,
posto dono de asas é a invenção,
acabo na planura da alcova
do meu medo,

do meu medo do poder
da imaginação.

4 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

".ote. by ~TOK5"
Deviantart

João A. Quadrado disse...

[o silêncio, a sala, o medo... o penúltimo reduto do homem que se fez palavra]

um imenso abraço, Germano

Leonardo B.

ANGELICA LINS disse...

Crepúsculo nos olhos.

Beijos

marlene edir severino disse...

Alma a quebrar vazios do silêncio,
a querer alçar voos
contidos pelo medo

Um abraço, Germano