terça-feira, 2 de outubro de 2012

Canções de sinos


 Por Germano Xavier

V

Bem que me quis pedra
nas tardes te descobrindo,
estupidamente sereno e frio.
E você aparecia, magra
e era tão em excesso o teu amor.

Era tanto, meu deus,
e tão jovem e puro e infantil!
Como escorria...

Eu sofro amor criança,
e me afasto de ti em parcelas,
que sou grande: matéria de amplidão
e convulsão desordenadas. Eu amo
amor de homem.

Atente para a chama ardente
que há em ti, que quero dizer
para o teu profundo,
para o teu abismo:

queima-me, assim!

5 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"s xx 38 by *scarabuss"
Deviantart

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa noite.

Estou lhe seguindo.

Um grande abraço.
Maria Auxiliadora (Amapola)

Catia Bosso disse...

Quão profundo este amor.... até arde em meu peito o sufocar tão evidente....
Belo poema!
bj

Catita

Poesia na alma disse...

Profundo, antigo e novo, sofrível!
BElO!

Cris Campos disse...

Amor criança mesmo quando se afasta, depende. Amei mais uma vez teus lindos versos Germano. Gr. Bjoo!