medito sobre a espuma lunar
(uma imagem)
e desaprendo a ver a matéria.
- o que podemos enxergar, afinal?
há um sol cansado na lua que acorda,
persiste um revoar-passarinho sem asas – a lua,
não pode ela ser um mar circular preso num quadro?
onde dorme a lua do dia?
que mancha aborda a esfera sem imponência
de um sol aberto numa claridade óbvia?
a alma das coisas é escura, não dá para ver
(por mais que tentemos).
não dá para ver o fim dela, da alma,
do escuro da alma
das coisas. não dá.
Nono poema-imagem/imagem-poema da série Preto-e-Branco:Poesia.
Fotografia de Daniela Gama.
Fotografia de Daniela Gama.
5 comentários:
Às vezes, não entendo nada, mas gosto do diálogo. Um abraço, Yayá.
Quem sabe além do olhar poético, num ohlar meta
físico, dê pra vê mais fundo que o fundo dela.
Um ruído na escuridão -
Forma-se circulos prateados.
A circunstância me faz cometer um impossível chavão pleonástico: esse texto é de profundidade profunda.
Até!
A M E I!!! deixo os aplausos da minha alma para essa poesia perfeita, Gê. Feliz pela parceria a já imaginando ele em livro, em breve, com as bençãos de Deus e da Luz.
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