varre o vento
o fogo áspero da relva
o brando brado dos ondes
a haste hostil dos pêndulos
iridescentes
varre o vento
a história de um senhor
com três quartos de vida ida
cuja memória ainda guarda uma procura
agravada pelas cenas aventurosas
varre o vento
o tempo parco páreo do nada
que não aprisionamos no relógio pulsante
do pulso sem impulso
mas pioneiro
Quarto poema-imagem da série Preto-e-Branco: Poesia.
Fotografia de Daniela Gama.
Fotografia de Daniela Gama.
5 comentários:
O vento varre. O tempo arde e faz ferida que o vento não cicatriza, mas o tempo sim.
Estou gostando cada vez mais das suas inspirações a partir das fotografias, Gê. Feliz com a nossa parceria nesse trabalho!
Beijos na alma.
obrigada pela visita - e seja sempre bem-vindo ao Reino.
um abraço!
Inefável. . .
Bjs!
Sábio e consiso pensar!Adoreiiiii!
Abçs!
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