Por Germano Xavier
especialmente para minha querida professora Maita Assy,
especialmente para minha querida professora Maita Assy,
que me apresentou ao grande D. H. Lawrence
era uma vez um livro morto
ou um livro que sufocava infâncias,
martirizava jovialidades e, principalmente,
assassinava a moral. era uma vez um livro
de autoglorificação dos humildes e do Apocalipse -
praça sem banco. era uma vez um livro dual.
era uma vez um livro sobre um caminho
sem caminho. um livro que ensinava a vislumbrar uma vitória
existente apenas no campo do irreal e do símbolo.
era uma vez um livro que mostrava o fim e o começo
para satisfação dos que iniciam e dos que findam -
ou simplesmente dos que se imaginavam assim.
deus estava morto sempre morto no livro
e nós todos amávamos o que lá estava morto.
o Apocalipse era realmente feio.
tudo era como um grande jogo de xadrez
em parcas imaginações de sem adiantes.
mas o fenômeno se perdeu.
não havia mais lugar a se chegar porque não estávamos indo a lugar algum.
repito:
não havia mais lugar a se chegar porque não estávamos indo a lugar algum.
e nenhum livro, mesmo múltiplo, dilatava medos.
Um comentário:
Crédito da imagem:
"apocalipse
by ~solkayan"
Deviantart
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