Por Germano Xavier
os pombos de Nossa Senhora do Rosário
olham Lençóis do alto e pouco veem além
do que lá já está calcificado sobre o templo
do tempo esgotado em avulsas repatriações
os pombos de Nossa Senhora do Rosário
abortam voos pois apenas gastariam suas asas
e suas forças andam aglutinadas à espera da vida
que impera no outro e que no de lá emperra
os pombos de Nossa Senhora do Rosário
tão certos de que estão seguros e sós
espreitam nossas plásticas penúrias de não
se ater a algum movimento de contenção
os pombos de Nossa Senhora do Rosário
se espreguiçam altivos condecorando o fel
de nossas sandices estragadas pelo ocaso dos grãos
e lumes que não brotam mais de sua nação
3 comentários:
Sábios pombos...
Lembrou-me o refrão de uma música:
" Tudo isso acontecendo e eu aqui, na praça, dando milho aos pombos..."
Mas esses pombos deram poesia e da boa.
Olá querido! Um poema nobre em que fala dos pombos. Poucos estão preocupados com isso e lego vejo que é muito sensível. Parabéns!
Passo também para desejar uma semana cheia de alegrias e muita paz. Vou ficar de olho no que tu falou sobre a singela surpresa no teu blog. Que será? Já sinto cócegas...hahahaah!
Um carinhoso abraço!
Postar um comentário