quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A espera




 Por Germano Xavier

de tanto esperar se atreve,
o homem - o atrever-se na espera -
tomba a redobrar-se na esfera
do tempo, que se faz de breve.

vive, vivo, a vida é fria amplitude
quando se quer em jás a eternidade
e desejar-te, assim, seren'ansiedade...
um vil e mudo estandarte d'atitude.

e eis que se troto minh'andança
na simples espera d'encontrar-te,
minha, fina flor d'esperança

a germinar... oh, campos de marte!
long'estás, fugaz suspiro. ru'desencontro,
o de querer ter-te a vir d'encontro.

8 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"the Rosycrossing
by *myiu14"
Deviantart

Cris de Souza disse...

esse soneto tem pressa...

Dauri Batisti disse...

Eis a multiplicidade de talentos. O Germano sempre a criar e recriar.

Abraço

rosadocairoshannyalacerda disse...

a dupla face da espera... ora mulher desejável, ora sentimento desmedido pelo acontecimento... ambas partilhando o mesmo coração, o mesmo peito...

gostei muito

bjins

Hugo de Oliveira disse...

Ótima reflexão amigo.

abraços
de luz e paz

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabriela Guimarães Cavalcanti disse...

Linda obra de um irmão unebiano. Dá gosto ver uma alma de trama feito a sua.

Mell Renault disse...

É de espera que faço minha ausência em ti. Que venha, seja como for...perto, longe, ou esse duplo esperar de cá e de lá que nos deixemos assim...
sem que ao menos possamos respirar de um desejo atracado a uma espera maldita que tanto mata quanto envolve,....
sejamos expectadores dessa chegada meu caro!
Um beijo cheio de doçura e espera para você
Mell