sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nada muito sobre filmes (II)


Por Germano Xavier

6 – The Fall (A queda)

Filme lindo, história linda. Como diria Caetano Veloso: “É tudo linnnndo...” Extremamente poético. Poético no sentido pleno da coisa. Filme de cores, colorido, coral. A garotinha é um espetáculo à parte. Para a gente se perguntar onde é mesmo que fica a fronteira entre a realidade e a imaginação. Diante da morte e do sofrimento, talvez um pouco de fantasia seja um remédio para lá de eficiente. Diretor indiano. Que tal assisti-lo e depois ler o livro homônimo do Albert Camus? Ou na ordem inversa. Deixo a dica. Alguém se aventura?


7 - A história sem fim ( I )

Jamais falem mal deste filme perto de mim. É simplesmente o filme da minha infância. Da obra do incrível Michael Ende, escritor alemão. Já li o livro também. Eu sou o Bastian. Continuo sendo. Eu deixaria tudo de lado para entrar naquele livro, mesmo que fosse apenas por alguns minutos. Eu amo o Falcon. Eu chorei quando Artax foi engolido pelo Pântano da Tristeza. Eu faria tudo para que Fantasia não acabasse. Continuo fazendo. O Nada não pode imperar. Não pode!


8- Cinema, Aspirinas e Urubus

Um filme muito bem resolvido. Simples, cativante. Um alemão e um sertanejo, descobrindo a amizade dentro de uma caminhãozinho no auge da segunda grande guerra. O alemão ganha a vida vendendo aspirinas em lugares inóspitos do nosso Brasil. O “cabra da caatinga do roçado”, como diria meu irmão, vive falando mal dos seus conterrâneos e querendo ir de uma vez por todas para a cidade grande. Quando uma simples carona pode mudar o destino de uma pessoa. A vida em celebração, do modo que dá para ser. Galeria dos bons filmes nacionais. Vou rever.

9 – Easy Rider (Sem destino)

Sou apaixonado por motos. Este foi o filme que elevou a marca Harley & Davidson ao patamar de mito em se tratando de duas rodas. De 1969. Dois norte-americanos desbravando os Estados Unidos, montados em suas máquinas barulhentas – uma chopper e outra ao melhor estilo custom -, pelo prazer de viver o desconhecido. Drogas, culturas diferentes, novas experiências, o modelo hippie, contracultura. Quer saber o que acontece com os dois motoqueiros no final? Quem passava pela estradas de Ibimirim e Floresta, em Pernambuco, em anos passados, talvez já sentiu desconforto parecido. Peguem carona!


10 – Madame Satã

Lázaro Ramos. Baseado numa vida real. Subúrbio carioca. Talvez uma vida incompreendida. Um personagem marcante. Talvez um filme sobre mais um deus do purgatório. Ou do inferno na Terra. Ainda estou para ver algum filme ruim estrelado por este baiano. Pode bater palma ao final. Daria um perfil jornalístico grandioso nas mãos de Joseph Mitchell. Madame Satã. Só vendo.

5 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"CINEMA by ~Lilithia"
Deviantart

Wilson Torres Nanini disse...

A história sem fim! Tenho muitas almas que foram, no decorrer do tempo, se agrupando com a minha alma inata. Esse filme é uma dessas raras almas: minha infância nunca se estiou totalmente.

Abraços!

Letícia Palmeira disse...

Sinto falta de coisa novas. Traga novidades, senhor.

Letícia Palmeira disse...

Faltou o s. Whatever.

Etiene disse...

The Fall é o melhor de todos!