Por Germano Xavier
Ou meio-rondó malacabado
para Mário de Andrade.
Ou meio-rondó malacabado
para Mário de Andrade.
Quando me virem dobrar a esquina
da rua velha,
com esta minha cara de paixão,
saibam, meu amigos que nunca foram
e meus inimigos que nunca eram,
eu estou feliz.
Não se espantem se meus ombros
parecerem mudos,
se minha voz embargada disser
somente ais e uis,
se meus joelhos não dobrarem mais
como antes.
Não se afastem por qualquer
aparente dor
de dente de rins de cotovelo
ou de amor,
não temam o homem
que carrega o mundo
nas costas,
pois sou eu que venho
na natural travessia,
e acreditem!,
eu venho feliz.
4 comentários:
Crédito da imagem:
"Old Man by ~RYOTOKUMOTO"
Deviantart
Muito bom.
Bjks, Sabrina
http://acheiisso.blogspot.com
http://euemcontagotas.blogspot.com
Há coisas que lemos e que, instantaneamente nos contaminam. Impossível terminar a leitura dessa poesia sem se sentir feliz também. Absolutamente contagiante, Germano. :)
Boas notícias!
Abraço pra você.
Postar um comentário