Por Germano Xavier
VII
Ai de ti em mim,
do teu barco frumento o gosto
de lua. Não me apareças deserto
em tua impetuosa cauda e corrente.
Ai de tuas cercanias e grades!
Ai dos teus mares, mulher,
que eu me afogo na liquidez
do teu perfume!
Ai do teu lume seco
e sedento, e do teu alimento
esmalte, que eu esmoreço e minto
fingir que pareço parede...
Ai de mim, tua rede!
E que sede é essa de querer
e não querer-te
- silêncios abertos em mim...
Que sede é essa , meu deus!
2 comentários:
Crédito da imagem:
"bezkres by *krowka7"
Deviantart
Essa é aquela sede que quanto mais saciamos mais sentimos, e porque mais sentimos mais queremos saciar... se esse ciclo romper, deixa de ser sede! Gr. Bj. semana de muita paz e sede pra ti!
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