Por Germano Xavier
Pede ao Pai Maior (se...) um pouco de deserto,
pede a choça, e o arrojo, pede o abisso...
que o inferno, amigo, é uma estátua de viço
febril, acabrunhante, órgão de mar aberto!
Não é preciso ir!, necessário apenas afugentar
do espírito o medo. É, no sempre, sendeiro desistir
das fáceis atrações casuísticas, com acuidade rir
e finar orgulhos renitentes... o humano aferrar
ao cortejo do tempo nas capitais da juvência,
e debulhar in totum nossas obras inofensivas.
As mãos de quem realmente vive são ogivas
premendo em queima a letra grossa. Na cadência
da hora escura, jubiloso, vai-te, e implora: - Vidas!,
vidas!, cercai-me, benditas, de teus despojos...
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Crédito da imagem:
"A estrada by ~kezs"
Deviantart
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