Por Germano Xavier
As ruas e praças da cidade de Canarana, situada a menos de setenta quilômetros de Iraquara-BA, serviram de palco, mais uma vez, para a tradicional Festa dos Caretas e, também, para aquilo que representa o seu desfecho, a Malhação (Queima) de Judas. De origem ibérica, a manifestação popular que mistura elementos sagrados/religiosos e profanos vem sendo realizada desde as primeiras décadas do século XX no pequeno município localizado no centro-norte baiano e, já há algum tempo, é considerada sua maior e a mais esperada festa cultural. Um costume que, com muita dificuldade, ainda pode ser presenciado em solos brasileiros, principalmente em localidades interioranas. “Os caretas são formados por pessoas da própria comunidade e alguns interessados vindos de outros lugares. Eles usam uma vestimenta típica, produzem suas máscaras e saem por toda a cidade ao som de seus chocalhos e do estalar de seus chicotes de caroá causando um certo tipo de alvoroço bem peculiar nas pessoas, principalmente no imaginário das crianças, mas tudo feito de forma sadia e organizada, com o intuito maior da brincadeira”, diz Paulo Gomes, morador da cidade. “Antigamente havia o estigma de que os caretas violentavam as pessoas que demonstrassem sentir medo diante deles e até que saqueavam as casas que porventura adentrassem, mas hoje está bem mais tranquilo”, reitera. O festejo anual, que acontece no Sábado de Aleluia, já conseguiu agregar um total de aproximadamente 3.000 mil pessoas que, no calor do evento, mostram-se bem animados e acompanham a tradicional folia com bastante desenvoltura. As máscaras dos caretas são confeccionadas do modo mais rústico possível, artesanalmente, utilizando-se de papel e cola, geralmente produzida nos quintais das casas dos participantes. A face da máscara recebe um molde de barro e os chifres ganham suas formas quando modelados em chifres reais de bois, depois são tingidas e personalizadas ao gosto do careteiro, como é conhecido a pessoa que usa uma dessas máscaras. Atualmente, há até competição com prêmios para aquele que fizer a maior máscara de careta. “Faltam mais incentivos da parte das autoridades de nossa região para que se mantenha cada vez mais viva esta parte belíssima de nossa cultura. As crianças das novas gerações precisam ver os caretas, saber o significado deles para todos nós”, reivindica Paulo.
As ruas e praças da cidade de Canarana, situada a menos de setenta quilômetros de Iraquara-BA, serviram de palco, mais uma vez, para a tradicional Festa dos Caretas e, também, para aquilo que representa o seu desfecho, a Malhação (Queima) de Judas. De origem ibérica, a manifestação popular que mistura elementos sagrados/religiosos e profanos vem sendo realizada desde as primeiras décadas do século XX no pequeno município localizado no centro-norte baiano e, já há algum tempo, é considerada sua maior e a mais esperada festa cultural. Um costume que, com muita dificuldade, ainda pode ser presenciado em solos brasileiros, principalmente em localidades interioranas. “Os caretas são formados por pessoas da própria comunidade e alguns interessados vindos de outros lugares. Eles usam uma vestimenta típica, produzem suas máscaras e saem por toda a cidade ao som de seus chocalhos e do estalar de seus chicotes de caroá causando um certo tipo de alvoroço bem peculiar nas pessoas, principalmente no imaginário das crianças, mas tudo feito de forma sadia e organizada, com o intuito maior da brincadeira”, diz Paulo Gomes, morador da cidade. “Antigamente havia o estigma de que os caretas violentavam as pessoas que demonstrassem sentir medo diante deles e até que saqueavam as casas que porventura adentrassem, mas hoje está bem mais tranquilo”, reitera. O festejo anual, que acontece no Sábado de Aleluia, já conseguiu agregar um total de aproximadamente 3.000 mil pessoas que, no calor do evento, mostram-se bem animados e acompanham a tradicional folia com bastante desenvoltura. As máscaras dos caretas são confeccionadas do modo mais rústico possível, artesanalmente, utilizando-se de papel e cola, geralmente produzida nos quintais das casas dos participantes. A face da máscara recebe um molde de barro e os chifres ganham suas formas quando modelados em chifres reais de bois, depois são tingidas e personalizadas ao gosto do careteiro, como é conhecido a pessoa que usa uma dessas máscaras. Atualmente, há até competição com prêmios para aquele que fizer a maior máscara de careta. “Faltam mais incentivos da parte das autoridades de nossa região para que se mantenha cada vez mais viva esta parte belíssima de nossa cultura. As crianças das novas gerações precisam ver os caretas, saber o significado deles para todos nós”, reivindica Paulo.
Um comentário:
Que diferente isto!
Legal saber. Abraço!
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