Por Germano Xavier
tua doação em ventre livre
mãos que me atormentam
os solavancos amortecidos em carnes
estes todos afetos e afagos
abrem janelas improváveis no sentido
movimentam sedimentos intranquilos
e a culpa tanta de nós dois
e a rua inédita por onde iremos
lesos do amor no amor adoecidos
incuráveis são e somos
os mantos que nos cobrem nus
os sonhos que travamos em guerra unida
uniderecionados na anteválvula obscura de viver
a morte para quando um segundo espoca
e faz nascer a verve que alimenta
o sol partido para um e dois
um mar amarelo em fuga incessante
posto que vamos até quando iremos
paralíticos e infames
morrendo de tanto branco
na crista da onda intempestiva
aparecida no meio de tanto ar
4 comentários:
Crédito da imagem:
Deviantart
É uma dança.
Beijo, Gé.
Germano,
Teus versos pulsam, latejam e são simplesmente maravilhosos. Gosto demais de ler-te e ir aos poucos me identificando em tuas linhas. Gr. Bjoooo uma semana linda e de muita paz pra ti!
bela construção poética
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