Por Germano Xavier
IV
Frialdade, teu corpo de paixão
e memória. Silencia,
cala,
meu silêncio cavo e festivo.
Como podes?
Como pôdes, se amante em sombra
me quis teu?
Tu que evolavas o olor branco
das camélias, dulcífico
e calculado. Ópera,
teatro de inverdades, agora
me atiras em lenços úmidos e frios.
Como querer-te, fantasma convulso
que foge de minha mente?
Como desejar-te em parte,
se tu eras a plenitude?
3 comentários:
Crédito da imagem:
"dancer by ~afghaj"
Deviantart
cheguei aqui por uma paraibana de letras afetivas e encontrei certas baianidades "dava de bicuda" etc. constatei a minha desconfiança e assuntei a riqueza deste espaço. salve, bahia!
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