sábado, 16 de abril de 2011

A guerra do fogo


Por Germano Xavier

Percebe-se, como protagonista do filme "A Guerra do Fogo", o próprio Homem em seus diferentes estágios de adaptação ao meio em que habita e de criação da natureza. Nota-se 3 ou 4 clãs, uns mais ou menos evoluídos culturalmente que os outros, que acabam se chocando em diversas partes do filme. Há um conflito generalizado de ações e desejos entre tais. As diferenças são marcantes e mostram-se facilmente visíveis ao passo que o filme se desenrola, tais como as vestimentas, o próprio ato de andar, da realização do coito, da comunicação e da sabedoria.

O Homem, ao cabo que se defronta com os obstáculos e incertezas da natureza, torna-se parte integrante e fundamental para a constituição de um ambiente pluralizado e distinto, que se completa através de suas discrepâncias, fazendo da idéia de "Homem" a perfeita interação entre natureza e cultura. Isso fica mais perceptível quando do "fabrico do fogo", entre outros momentos.

O filme sugere o pensamento de que é preciso uma forma de conhecimento, de integração, de troca e de auto-observação para que se chegar a um patamar elevado de desenvolvimento evolutivo social e humano. Daí a questão do autoconhecimento misturar-se à necessidade intrínseca de se dominar os caminhos do mundo, fazendo-nos imaginar a vida como sendo uma fonte inesgotável de progresso e aprendizado, possibilitando ao Homem, após o devido processo de assimilação de conceitos e idéias, o potencial devido para realizar a transmissão de preciosas informações aos futuros viventes da terra.

4 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"Fogo by ~Dhryllian"
Deviantart

Bípede Falante disse...

Adoro esse filme. É a invenção do afeto.

Nara Sales disse...

Parece ser um bom filme. Fiquei curiosa.

- Tita * disse...

Adorei o blog *.*
Vou seguir (: