quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nada muito sobre filmes ( I )


Por Germano Xavier 

1 – Up – Altas Aventuras


Pouco sei sobre animação. Pouco assisto animação. Não é preconceito nem nada. Mas o personagem Russel, o gordinho escoteiro, é qualquer coisa de fantástico. Eu daria o Oscar para ele, como melhor ator coadjuvante. E eu não conhecia o tal do Narcejo, aquela ave esquisita que parece um avestruz. Inspiração lá nos escritos de Arthur Conan Doyle. Se existe ou não, não quero saber. Adorei o filme. Até parece que dei uma forcinha ao Sr. Fredricksen em sua instigante e nada comum jornada nuvens adentro. Espírito aventureiro, meu caro!



2 – 2001: Uma odisséia no espaço


Queria ver há tempos este. Sensacional. A típica obra de arte que considero de vanguarda. Um cara com uma câmera na mão, com poucos recursos tecnológicos à disposição, e uma visão além do tempo presente. De 1968 para a eternidade. O final do filme é arrebatador. Confesso que não o entendi, nem pretendo. Incorporei. Gostei dos escuros, da viagem sideral, do corte temporal. Um filme para ser visto com todos os sentidos. Filme para qualquer professor levar para a sala de aula e abrir debates mil. Kubrick.



3 – O cheiro do ralo


Passei a olhar os ralos do apartamento onde moro sob uma outra ótica. Nunca parei tanto tempo diante de um ralo, pensando. Selton Melo. Mutarelli. Marçal Aquino. Dos melhores filmes nacionais que já vi até hoje. Mas quem sou eu para dizer alguma coisa sobre cinema? Quem somos nós, merdas apenas. Olha, este cheiro que você sente... pode estar vindo do ralo! Do seu ralo! Melhor tomar uma providência. Meu vizinho, comumente mais nervoso que eu, diria: “Filme da porra, meu rei!” Ah, nem pense em fazer pipoca. Vai ficar com um gosto medonho na boca. Falando nisso, a boca é o nosso ralo? Um dos? Já vi, quero ler no papel. Quem me empresta?



4 – O céu de Suely


Deste eu não gostei. Um saco. De 0 a 10? Dou 5. Recuperação nele! Não vi nada de muito incrível para se pôr numa tela grande e se gastar milhões de dinheiros. Uma história para lá de muito “normal”, bastante “possível”. O problema deve ser este meu caimento para o aspecto fantasioso das coisas. Por mim, morre no esquecimento. Forçação de barra, diria o outro. E o cara da moto é mais barbeiro que o cara que corta meu cabelo. Rimou?



5 – O homem que amava as mulheres


Primeiro filme do François Truffaut que vejo. Deu aquela sensação de inveja boa quando o filme terminou. Eu queria ter escrito ou filmado um troço assim. Quem sabe um dia, não é? Sigo tentando. Consegue ser engraçado, dramático, emocional, seco... tudo ao mesmo tempo. Para quem gosta de refletir. Bertrand foi um cara de sorte. Mas ele fez por onde. Um filme para assistir incontáveis vezes (brincadeira, umas três vezes já está bom demais, senão cansa). Um adjetivo? Sei lá. Melhor você mesmo conferir. Vou em busca de um outro filme do francês.

Um comentário:

Germano Viana Xavier disse...

Crédito da imagem:

"Cinema by ~andreydubinin"
Deviantart