Por Germano Xavier
III
Meu mergulho na água das coisas é menos plástico,
ameaça uma clausura, desmonta contidos perigos.
(Por que assumo a imagem potencial das coisas,
se posso lembrar que elas são apenas um discurso?)
Meu respiro no ar das coisas renova um continente
de incontidos imediatos: um sofisma que deduz
a amperagem de todas as inclinações de força.
(O que soa estranho no momento integrador do jogo:
a finalidade subalterna do que obstaculiza a vida
ou o recém-descoberto passo apesar de restrito?)
Meu pisar na terra das coisas enrijece, portentoso,
a tradição das minhas ineficazes infalibilidades.
São elas que me demandam deficiências às vistas
e me particularizam – tal poeta – enquanto fronteira.
A queimadura no fogo das coisas, esta – assincrônica –,
isoladamente, sustenta o contraponto: meu segundo momento,
o da palavra.
4 comentários:
Crédito da imagem:
"Reflexion by *Nicoweb"
Deviantart
Reflito que há que se buscar a clareza das premissas para que se possa obter bons resultados, o sofisma é caminho de engano, de curvas encobertas e de ruas fechadas. Um abraço, Yayá.
Estou participando de um concurso literário e preciso de votos. É simples. Se você tiver facebook entre na sua conta e acesse este link:
http://www.conteconnosco.com/trabalho-detalhe.php?id=622
Daí é só logar na página do lado direito no topo "login with facebook" e votar no botão vermelho abaixo da foto. Para ir ao texto vai na categoria escrita, na segunda página. O texto é M. de Ricardo Barbosa.
Conto com sua ajuda!
Pode votar todos os dias até o final de julho, você também concorre a prêmios.
Obrigado!
E é na palavra que nossas certezas são revisitadas e colocadas a prova, permanecem nesse momento só aquelas que realmente valem. Gr. Bj.!
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