Por Germano Xavier
as coisas desse meu coração que não bate à toa
estalado som de primazias
cansado de explodir por dentro
em voz rouca e profanada em nãos
possuidor de um método inteiro
de amar sem medidas
sufocado em me levar para onde olho
ou vejo as coisas desse meu coração
que não bate à toa
são somente coisas sem pressa alguma em ser
são apenas histórias sem final
por onde cursam rios de esperança e medo
lavradas publicamente com sal e lágrimas
essas coisas desse meu coração que não bate à toa
permanecidas num pêndulo
fixadas no ar volúvel do destino
estudadas em ingressos de se ir ao embate
esperando a queda o tropeço o corte na odisseia
das coisas mas principalmente o voo
desse meu coração que não bate à toa
6 comentários:
E não bate mesmo, que eu sei!
Por mais que não saiba bater direito insiste em bater, mais e mais, fazendo sofrer...
Até logo Germano...
Um coração que ama sem medidas jamais poderia bater à toa, um coração que ama assim possui sentido e essência em cada batida, seu pulsar de tão intenso é latente, só corações especiais o podem perceber. Gr. Bjooo e um final de semana lindoooo pra ti!
Parabéns belíssimo poema.
Quando se termina de escrever algo assim o mundo fica bem pequenininho.
Tudo que escreve é leve. Sempre saio flutuando. Cheia de esperança.
O coração bate a toa quando ficamos presos ao discurso do mundo, à ilusória segurança de um conforto desconfortável, ou de um desconfortável conforto... O que faz o coração bater de verdade, eu penso, é a transgressão, a possibilidade de operar mudanças em si mesmo, na própria vida... É este ir ao embate. De nós mesmos, do mundo (dado)... É romper, recriar, reinventar novos finais, novos começos, novos "durantes".
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