Por Germano Xavier
VIII
O sino toca, ouves?
É o tempo, este deus,
que chegou de uniforme rubro.
É a recompensa pelo equivalente
que criamos. Presente,
de luz os olhos álacres,
vejo-te janela em minha frente,
o sol, o suspiro... um ventar carente
de flores estonteantes e castas.
Cerra-me, mulher, destes
aviltantes enleios cadentes e tristes
do amor, e vem!
E vem, que o sino anda a retumbar
a nossa ardente
e sempre
e sacra
e refulgente presença,
neste teatro dúbio
de frio e de lume
que nos têm.
A série de poemas Canções de Sinos termina aqui.
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Crédito da imagem:
"34555432 by *aleksandra88"
Deviantart
Ouvi os sinos. Yayá.
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