Por Germano Xavier
as árvores também rezam
também pedem perdão
seus galhos: suas mãos
louvando o divino
clamam, reclamam por águas descaídas
suas hastes amam a folha no chão
partes de suas almas partidas
humo agora
massa que vermeará a terra ardida
e que criarão o limite
a exaustão do ser
do existir
da vida
14º poema-imagem/imagem-poema da série Preto-e-Branco: Poesia.
Fotografia de Daniela Gama.
Fotografia de Daniela Gama.
3 comentários:
Clamemos juntos....adorei o poema, Gê! você passou em palavras exatamente o que eu senti ao fazer a imagem. Amei!
Que linda poesia! Sua poesia tem voz. Vejo uma construção simples e objetiva, que faz parecer estar em um auditório, diante do orador, que dá contorno e imagem às palavras levando o público a segundos de reflexão. Grande abraço!
Obviamente todas as arvores devem ser perdoadas por perderem suas folhas e suas flores tão belas. Linda poesia!!
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